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Diferença entre Filosofia e Senso Comum

Você consegue distinguir a diferença entre Filosofia e Senso Comum? Embora muitas pessoas pensem ser o mesmo, existem diferenças significativas entre esses dois conceitos.

Todo mundo já teve um amigo que num momento de inspiração falou palavras bonitas, fazendo uma reflexão sobre algo e provocando nas pessoas um encantamento a ponto de dizerem que a pessoa é um “filósofo” ou que está “filosofando”.

Quando saber o que é filosofia e o que é senso comum? A resposta a essa pergunta irá te conduzir a novos conhecimentos para entender a realidade que lhe cerca sobre diferentes possibilidades de interpretação.

Leia esse artigo até o final e descubra qual a importância de conhecer um pouco mais do que é a filosofia e entender a diferença entre ela e o senso comum.

Filosofia e Senso Comum: Conceitos e diferenças

Vamos entender qual a diferença entre filosofia e senso comum destacando seus conceitos e
diferenças.

Filosofia é uma palavra advinda do grego e que tem o significado de “amor a sabedoria”
concentrando-se no estudo de problemas relacionados ao conhecimento, lógica,
existência, verdade, ética, valores morais.

Para ser um filósofo a pessoa precisa fazer faculdade de Filosofia, podendo
ser um curso de bacharelado e licenciatura.

Senso comum, por sua vez, refere-se a um conhecimento popular, cuja base é o
conhecimento empírico, ou seja, o conhecimento prático. Para entender melhor
basta lembrar de conselhos que recebemos de pessoas mais velhas quando sentimos
alguma dor e nos indicam um chá. Não tem exames, não tem um diagnóstico, mas
existe a sabedoria popular.

O senso comum faz parte de uma bagagem cultural que herdamos de nossa vida
prática, nossas experiências. Embora não seja científico, precisa ser
respeitado, pois a sabedoria popular faz parte de tradições que regionalmente
tem significado e história.

Pensando num exemplo prático para melhorar a compreensão do tema, analisemos
o seguinte: Se uma pessoa está com dores na barriga, a filosofia vai buscar entender
o que causou essa dor, qual órgão a dor se refere, qual a intensidade da dor.
Em contrapartida, o senso comum vai apenas buscar o chá adequado para aliviar os
sintomas, sem compreender suas causas e se preocupar com as possíveis consequências.

Ou seja, a filosofia se inspira no pensamento reflexivo, enquanto o
senso comum é prático. Num contexto real, podemos perceber que ambas se
complementam, afinal, inicialmente precisamos nos livrar da dor, mas não podemos
deixar de entender suas causas e futuras consequências.

Por que precisamos distinguir senso comum de filosofia?

Para entender porque precisamos distinguir o senso comum de filosofia, vale a pena refletir criticamente sobre as características de ambos, entendendo as armadilhas e contribuições que ambos os conhecimentos podem nos fornecer.

Quais possíveis armadilhas do senso comum?

Para entender quais as possíveis armadilhas do senso comum, pense que por se tratar de um conhecimento prático, seu fundamento está baseado em tradições, costumes, valores pessoais, ou seja, em achismos. Você não domina o conhecimento de um assunto, você apenas acha que sabe.

Essa é uma cilada muito comum para a maioria das pessoas. Com informações superficiais de um determinado tema, saí pregando suas verdades como absolutas.

Um dos grandes acontecimentos do século XXI é a explosão das “Fake News” ou “notícias falsas”. Sua base está no senso comum, utilizando as redes sociais para espalhar informações sem fundamento. As pessoas recebem as notícias e as reproduzem sem checar se são verdadeiras ou não.

O achismo conduz as pessoas a equívocos e pode ser considerado uma forma de egocentrismo. Sua opinião não está acima do bem e do mal, por isso precisamos distinguir a nossa verdade da verdade alheia. Mas quantas verdades existem? Na realidade existem diferentes contextos e percepções.

Para evitar achismos, pesquise o tema, busque informações concretas sobre o assunto e a partir daí se posicione “eu penso que…”. Mas emitir a opinião sem nenhum fundamento é apenas achismo, ou seja, uma armadilha do senso comum.

Ah, é preciso distinguir temas objetivos de temas subjetivos. Quando falamos das vacinas, por exemplo, precisamos entender que a discussão se a vacina beneficia a saúde ou não é constatada a partir de dados coletados, onde se utiliza o método científico que considera a experimentação, observação e resultados.

O que difere de tratar do tema ao nível pessoal sobre tomar a vacina ou não. Cada um tem liberdade de escolha e não deve confundir suas crenças e decisões pessoais com um conhecimento cientificamente comprovado.

Lembre-se, seu achismo serve apenas para você.

Quais contribuições a filosofia traz para nossa vida?

Até aqui você entendeu qual a diferença entre senso comum e filosofia, certo? Agora vamos Quais analisar quais as contribuições a filosofia traz para nossa vida.

Contribuições da filosofia para nossa vida

O ato de refletir sobre um determinado tema, de questionar, de buscar respostas para fenômenos que desconhecemos as causas, nos conduz a sermos seres com sede de conhecimento. Sempre queremos saber mais e mais.

Diferença entre Filosofia e Senso Comum, Imagem mostra Sócrates que é considerado o pai da filosofia.
Diferença entre Filosofia e Senso Comum: Imagem mostra a estátua de Sócrates que é considerado o pai da filosofia.

A famosa frase de Sócrates “Tudo o que sei é que nada sei e o fato de saber sobre isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabe alguma coisa”.

Sócrates na Grécia Antiga já criticava os “achismos” e nos aconselhou a sermos buscadores, pois quanto mais buscamos aprender, mais percebemos o tamanho da nossa ignorância.

O filósofo grego nos leva a primeiro fazermos uma busca em nós mesmos, por isso aconselha: “conhece-te a ti mesmo”. A partir do momento que buscamos entender nossas limitações temos abertura para olhar o mundo à nossa volta com outros olhos.

Platão, discípulo de Sócrates, conta uma história com o tema “A alegoria da Caverna”, onde diz que numa caverna existem prisioneiros acorrentados de frente para uma parede onde enxergam a projeção de sombras como se fossem a realidade. Vivem enganados e presos a uma visão limitante.

Essa história nos traz várias reflexões. Platão tenta nos mostrar que existe o mundo das ideias e o mundo dos sentidos. Não podemos ser conduzidos apenas pelos sentidos. Por isso sair da caverna é um processo penoso, envolve descobrir coisas novas e não ficar apenas agarrado ao que já se sabe.

A filosofia nos convida a sair da caverna. Nos instiga a sair da mesmice numa busca diária e constante de inquietações que vai nos ajudar a crescer como indivíduo e cidadão.

Por isso, não se deve olhar a filosofia a partir do senso comum, ela deve ser estudada a sério, pois nos permite desenvolver uma reflexão crítica de nós mesmos e do mundo.

Livros sobre filosofia: 5 sugestões

Alguns livros podem te ajudar a iniciar na busca pelo
conhecimento sobre qual a diferença entre senso comum filosofia e ciência.

Desse modo, destacamos entre eles: Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e a suas regras do autor Rubens Alves! Também outra obra riquíssima, polêmica e muito procurada atualmente de Olavo de Carvalho, intitulada A Filosofia e seu Inverso. Vale a pena fazer a leitura, mas dispensamos comentários sobre tais obras. Afinal é a curiosidade que nos motiva a buscar o conhecimento e aprender! Seja curioso!” (Como Gabaritar).

Veja outros também!

Viver, a que se destina?

Um livro de 2020 de Leando Karnal e Mario Sérgio Cortela, dois pensadores brasileiros contemporâneos que trazem a tona em pleno século XXI questões essenciais do ser humano:

Qual o sentido da vida?

Por que aqui estamos?

Será destino?

Seria escolha?

Questões que intrigam a humanidade desde os primórdios das civilizações e que ainda hoje carecem de respostas.

Uma leitura fascinante que nos traz muitas reflexões sobre nós e nossa vida em sociedade. Para adquirir está valiosíssima obra, clique aqui.

Filosofia Para Corajosos: Pense Com a Própria Cabeça

Um livro de 2016 de Luís Filipe Pondé que apresenta argumentos para quem quer discutir todo e qualquer tipo de assunto com embasamento. Afinal, foram os grandes filósofos que estudaram, pensaram e escreveram sobre os temas essenciais. Além disso, ainda lidamos com os mesmos no mundo contemporâneo.

O livro está dividido em três e traz um repertório básico dos temas que todo mundo precisa conhecer mais a fundo fazendo uma análise da sociedade atual.

Conclusão

A evolução humana depende de nossa capacidade de pensar individual e coletivamente. Por isso o pensamento filosófico é tão significativo, já que a partir dele desenvolvemos a ética, a lógica, os valores morais, entre outros temas relevantes.

Obviamente que a filosofia e o senso comum coexistem desde o surgimento da humanidade. Dessa forma, precisamos apenas entender suas diferenças para evitar armadilhas de pensamentos rasos e sem fundamento, baseado apenas em “achismos”.

É preciso buscar conhecimento como uma prioridade, pois o mundo à nossa volta é complexo e exige que estejamos atentos a manipulações. Para isto necessitamos ter um espírito questionador, que ama a sabedoria e busca entender de forma contextualizada todas as coisas.

Assim, o pensamento filosófico tem muitos a nos ensinar e aprofundar o conhecimento requer olhar para o horizonte e querer descobrir o que existe além. Como anda sua curiosidade? Enquanto a filosofia nos convida a sair da caverna, o senso comum nos acorrenta a ela.

Portanto, perceberam qual a diferença entre senso comum e pensamento filosofico? Espero que tenhamos sanado suas dúvidas a respeito deste tema tão necessário!

Você que chegou até o final deste artigo sobre qual a diferença entre senso comum filosofia e ciencia, aproveite e leia também nosso artigo sobre: Qual a origem da sociologia? Certamente agregará mais conhecimentos essenciais tanto para quem estuda filosofia quanto para os estudantes de sociologia, afinal ambas se complementam.

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